sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Gambiarra I




Vou construir uma Gambiarra para iluminar meu caminhar, minha busca por mim mesma e pelas intensidades que me formam e deformam. Vou iluminar os cantos mais profundos e obscuros de meu ser. Vou seguir essa luz que se principia em meio à escuridão, me equilibrando com ela, me segurando na tênue linha imaginária que constituí minha gambiarra. Seguindo esse fio que me liga e me separa da realidade, da fantasia. Assim começo a me aventurar nesse desconhecido território que me seduz e anseia.
Vou como estou: curiosa, nua com receio e ousadia, um corpo que caminha coberto de microfissuras umas escuras, outras claras. Vou indo tendo em mãos apenas a gambiarra – luz que ilumina, fio que dá sustento. Ao adentrar o território escuro, clareando ao crescer da pequena luz, percebo/sinto que ela saiu de dentro de mim e seu fio, a linha em minhas mãos, equilíbrio em meio ao domínio estranho, faz parte do meu corpo, me atravessando, uma extensão de mim e vai além. Faz-me encontrar com o bizarro (des) oculto que me espera no escuro.

Maio de 2008 - Primeiros passos pelo território existencial - Pesquisa em Linguagens (Especialização) - Suélen Campos da Silva

Foto: Arte da Fernanda Tomiello, fotógrafa e futura arquiteta, túnel no Templo das águas, Colonia São Manoel.Presentes na imagem Eu, Márcio, Marcos,Paula, Anne, Joice.

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