sábado, 21 de novembro de 2009

Sweet love


As palavras se escondem em mim e dissolvessem em sentimento quente que derrama-se em mim.
Pulam de meus olhos delatores, que muito ingênuos, sempre me entregam...
Denunciam-me, me revelam para você Sweet love!

Suélen Campos da Silva - passionalmente na chuva de 21 de novembro de 2009.

domingo, 8 de novembro de 2009

A borboleta e a violeta



Com esperança a borboleta seguiu o lírio, o ouviu e acreditou nele, em suas persuasivas e sábias palavras, caminharam ...
O lírio tinha muito a ensinar a borboleta curiosa e inexperiente que por ele se encantou. Passavam as tardes admirando o jardim. O lírio lhe ensinava sobre flores, terra e céu e a borboleta sonhava estar cada vez mais junto dele. Mas, o lírio temeu a sede crescente da borboleta que queria mais e mais, então pediu mais cautela, só que a borboleta não o ouviu.
Num belo dia a borboleta passeava pelo jardim a procura do lírio, ao encontrá-lo seu coração se partiu, o lírio já tinha sua casa cheia de outras flores que desejava e sabia controlar. Percebeu que não havia lugar para uma borboleta naquele meio, pois não era querida como imaginava.
Entristeceu-se, lágrimas doloridas lhe turvaram a visão, voou e logo caiu ao chão. Pensou que era melhor ficar ali mesmo... De repente alguém lhe estendeu a mão e a ajudou. Era uma singela e tímida violeta que desinteressadamente lhe apoio. Agradeceu e voltou a voar. Comtemplou mais uma vez o jardim, ele não tinha mais a beleza de sempre ou era o olhar da borboleta que havia enfeiado?
Resolve pousar em uma flor qualquer para morrer ali mesmo, afinal uma borboleta dura pouco seus dias, por certo, haviam se encurtado devido a tristeza que sentia. Aconchegou-se naquelas pétalas e se encolheu. Dormiu profundamente, sem querer voltar... Acordou e percebeu que estava sobre a violeta. Mais uma vez ela lhe ofereceu seus ombros e dividiram seus pesos. Começaram uma bonita amizade.
A borboleta e a violeta tinham sonhos parecidos, riam das mesma coisas, tinham suas dores e seus amores quebrados e até mesmo os que haviam tentado consertar...
A borboleta sentiu que podia confiar na violeta, mesmo que ainda estivesse com medo de sentir dor novamente.
A borboleta não quis impedir que seus sentimentos brotassem e renascessem com mais intensidade, permitiu que a vida lhe conduzisse.


Num momento de beleza e magia seu lábios com doçura e desejo se acariciaram à luz da lua. Deram as mãos e resolveram ensaiar alguns passos, noite afora, lado a lado...
Suélen Campos da Silva - Noite risonha de novembro - 04/11/09

Chuva



Caí um pingo de chuva,
escorrega e brinca na minha pele reagente.
Gotas frias me cobrem e exploram meu corpo arredio.
Deixo-me lavar, e vai escoando de mim os pesos que venho largando pelo caminho...
Sorrio e agradeço, me delicio em viver.
Essa chuvinha dengosa me molha atrevidamente, e me desperta.
Caminho em meio a tempestade e deslumbro um arco-íris de possibilidades de ser...

Suélen Campos da Silva - Tempestades de novembro - 04/11/09
*Foto que tirei num dia chuva,em preto e branco, do Templo das Águas na colônia.