domingo, 11 de janeiro de 2009
A sonhadora e a medrosa
A menina que está em mim
esconde, sufoca, reprimi a mulher que sou -
a prisioneira de meus medos
Sonhos, amores impossíveis, mágoas
e desilusões são os escudos que a protegem
Defendem do mundo, essa mulher,
que ainda não sentiu
não viveu, não sabe
o verdadeiro significado da palavra A_M_O_R!
Uma menina – mulher que não sabe se é mulher ou menina
Sentimentos nela se confundem, se misturam
e se perdem
Em seus olhos
raios de luz
emergem de lagos
profundos de lágrimas
perdidas na solidão,
No vázio de seu coração
que quer voar...
Para outros mundos de paz, felicidade,
e beijos sabor de chocolate
Fantasias que se chocam
com a realidade e a frieza de corpos sem alma
E a mulher em mim
continua a se debater contra as grades
da cela transparente em que se encontra
Na qual a menina a controla e a domina
Assim será, até, que a pequenina
palavra a-m-o-r
encha-a de luz e coragem
acontecendo em sua
vi-di-nha
Para que ela possa sair
de sua concha
e brilhar no céu de
outro coração perdido
05/11/02
Suélen Campos da Silva
Tela Pablo Picasso - Mulher no espelho.
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